por Fernando Britto
Presidente do PSB, o cearense Roberto Amaral, é um “cabra marcado para morrer”.
Sua atitude de tentar preservar o partido e não, simplesmente, entregá-lo a Marina Silva, lhe será fatal.
Aliás, só será fatal porque ele teimará em não entregá-lo incondicionalmente, como deseja a mídia.
Amaral publicou , no final da noite de ontem, texto no qual reage à nota do colunista Ricardo Noblat, de O Globo,
onde era apontado como “conspirador” contra Marina Silva. Nela, para
sustentar a afirmação, Noblat “recordava” supostas falas de Eduardo
Campos de que Amaral seria um “traste” a ser suportado pelos
socialistas, em homenagem aos “velhos tempos”.
Amaral diz que Noblat tem “um pasquim eletrônico”, onde exerce a função de “direita alugada”.
Embora aceite Marina como “opção natural” do partido, diz que o PSB,
desde o instante da morte de Campos sofre “assédio” para entroniza-la na
condição de candidata de um partido que, confessadamente, não é o dela.
Amaral, porém, comete a suprema heresia de dizer – e repetir, em sua
nota pública – que ele e Eduardo Campos , “sempre preservamos a amizade
de Lula, de cujo governo fomos ministros dedicados”.
O que é totalmente inconveniente para a candidatura que, gostando ao
não o presidente do PSB, está fadada a ser ungida pela direita
brasileira como sua expressão, no momento em que se torna claro que,
embora montada na máquina partidária do PSDB, a candidatura Aécio padece
de um vício incorrigível de mediocridade.
A frase que Noblat atribui a Eduardo Campos – “-Esse Amaral, homem, só me cria problemas” – foi adotada como lema pelo midio-marinismo que tomou conta da mídia brasileira.
Os “velhos socialistas” do PSB podem, timidamente, resistir por algum tempo.
Mas são, Amaral em primeiro lugar, cabras marcados para morrer.
Marina só espera que lhe entreguem o bastão para virar a Rainha de Copas.
(fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=20182)
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